quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fed adota meta de inflação nos EUA

Correio Braziliense - 26/01/2012
 

O Federal Reserve, Banco Central dos Estados Unidos, tomou uma decisão histórica ontem, ao adotar uma meta de inflação de 2%. A ação é uma vitória do presidente da instituição, Ben Bernanke. Com isso, o Fed passa a ter uma política alinhada com a de outros importantes bancos centrais no mundo. "Comunicar esta meta de inflação claramente para o público ajuda a manter a expectativa de inflação a longo-prazo firmemente ancorada. Portanto, abriga a estabilidade de preço e taxas de juros moderadas e melhora a habilidade do comitê de promover máximo emprego à beira de significativos distúrbios econômicos", afirmou o Fed, em comunicado.
O objetivo estabelecido está no topo do que, tradicionalmente, é visto como uma meta informal de, aproximadamente, 1,7% a 2% e encerra a cruzada de Bernanke para melhorar a comunicação do Fed, que por muitos anos realizou deliberações de forma propositadamente sigilosa. O novo sistema busca tornar o Banco Central mais eficiente em controlar o crescimento.
O Fed agora prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano cresça entre 2,2% e 2,7% em 2012 — contra previsão de alta de 2,5% a 2,9% divulgada em novembro. Para 2013, a expectativa é de um crescimento de 2,8% a 3,2%, números inferiores à previsão de novembro, que indicava crescimento de 3% a 3,5%.
A decisão de ontem veio em um momento oportuno, porque pode ajudar a minimizar as dúvidas persistentes de que as políticas de afrouxamento monetário sem precedentes do Fed estão abrindo caminho para uma terrível fase de inflação. Ontem, o Fed manteve a taxa básica de juros dos EUA na faixa de zero a 0,25 ponto percentual ao ano. O Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inlês) do Federal Reserve disse que vai mantê-las "excepcionalmente baixas" pelo menos até o fim de 2014, o que surpreendeu os investidores. "Se os preços ficarem abaixo da meta por muitos anos, é preciso encontrar novos instrumentos expansivos", disse o presidente do Fed, Ben Bernanke, após o anúncio.

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